SBPC Alagoas recebe exposição sobre a Serra da Capivara

O Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, é conhecido por seus sítios arqueológicos com impressionantes pinturas rupestres, que integram o Patrimônio Mundial Cultural da Unesco. A região tem recebido destaque na imprensa devido aos recentes apelos de pesquisadores por mais recursos públicos para sua preservação. “Já são quatro décadas de pesquisas intermitentes na área, sempre com a colaboração de diversos países. No entanto, todo ano, a Fundação Museu do Homem Americano (Fumdham) passa por dificuldades para manter o parque em funcionamento”, afirma o fotógrafo autor da exposição André Pessoa.

Estudos recentes apontam que esses vestígios milenares podem ser os mais antigos indícios da habitação humana na América. “A Serra da Capivara é um lugar especial. Apesar de estar localizada em uma das áreas mais subdesenvolvidas do Nordeste, abriga um dos trechos mais conservados do Brasil, com fauna e flora ainda selvagens. Como só se preserva aquilo que se conhece, através da fotografia, podemos levar a imagem desse imenso patrimônio para que nossa população o conheça e passe a valorizá-la”, comenta Pessoa.

A mostra revela o trabalho arqueológico realizado ali e as fascinantes flora, fauna, cultura e tradições locais, retratadas pelo olhar cuidadoso de Pessoa. O fotógrafo participará da sessão de abertura no dia 24 de julho ao lado de Demétrio Mutzenberg, arqueólogo e pesquisador da Fumdham. O documentárioOs primeiros americanos: uma incrível descoberta no Brasil, da série Terra X, produzida pela emissora alemã ZDF e premiado com o troféu 2018 do projeto VerCiência, também integra a exposição e apresenta as últimas descobertas arqueológicas no local.

Entre as pesquisas retratadas está O começo da produção alimentícia no semiárido do Nordeste brasileiro – o caso da Serra da Capivara, fomentado pela DFG e conduzido por cientistas do Instituto Arqueológico Alemão (DAI). O trabalho investiga o surgimento do sedentarismo e da agricultura na América do Sul, o que possibilitou a formação de sociedades complexas. “Com a ajuda dessas pesquisas deve-se, de fato, revelar que a povoação da América ocorreu nitidamente antes do que até hoje se considerava – isto é de um valor inestimável”, declarou a secretária-geral da DFG, Dorothee Dzwonnek.

Fonte: Portal SRN

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