Justiça do Rio aceita denúncia contra policiais do Jacarezinho

Agentes envolvidos em morte de homem não podem ter contato com testemunhas nem participar de operações

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro aceitou, neste sábado (16), a denúncia do Ministério Público contra dois policiais civis envolvidos na morte de um homem durante operação no Jacarezinho em maio deste ano. Na ação, considerada a mais letal do estado, 28 pessoas foram mortas, incluindo um policial civil.

A decisão da 2ª Vara Criminal da capital determina que os policiais civis não tenham contato com as testemunhas, fiquem afastados das funções externas, como operações, e de qualquer atividade policial na comunidade onde ocorreu a ação.

Segundo a força-tarefa do MP, responsável por uma apuração independente da Polícia Civil, um dos denunciados assassinou Omar Pereira da Silva quando a vítima estava baleada no pé e desarmada dentro do quarto de uma criança, na comunidade da zona norte.

No entanto, a defesa dos agentes alega que a morte foi em legítima defesa e que o Ministério Público se precipitou ao denunciá-los antes da conclusão das investigações.

Ainda de acordo com o documento, o responsável pelo disparo e outro policial retiraram o corpo de Omar do interior da residência antes da realização de perícia.

Os policiais também são acusados de mentir em depoimento na época da incursão, o que configura fraude processual. Eles teriam colocado uma granada no local do crime, além de apresentar uma pistola e um carregador como se fossem de Omar.

*Estagiária do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira

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