Seminário abordará Enfrentamento à Violência Obstétrica

Nos dias 6 e 7 de abril, a Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Piauí, por meio das Comissões de Apoio à Vítima de Violência, Mulher Advogada e Direitos Humanos da OAB-PI, em conjunto com a Secretaria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres realizarão o Seminário de Enfretamento à Violência Obstétrica: Desafios da Assistência ao Parto e Nascimento. O evento ocorrerá no Auditório da OAB-PI, das 08h às 18h.

O Seminário tem o objetivo de fomentar o debate entre profissionais da Saúde, do Direito, doulas e público em geral sobre o processo de medicalização do parto como facilitador da ocorrência de violência obstétrica, dando enfoque a discussão da assistência adequada ao parto.

Os participantes terão a oportunidade de ouvir as explanações que serão feitas pela palestrante Lígia Moreiras Sena, pesquisadora nas áreas de Saúde Coletiva, Violência Obstétrica no Brasil e pesquisa qualitativa em saúde com foco nos impactos da violência sobre a saúde da mulher e da criança, também idealizadora da plataforma @cientistaqueviroumae.

A violência obstétrica é caracterizada pela apropriação do corpo e dos processos reprodutivos da mulher, interferindo na sua autonomia e na capacidade de a mesma decidir livremente sobre seu corpo. Além disso, a violência obstétrica acaba por ferir a dignidade e o valor humano das mulheres, visto que são submetidas por procedimentos que resultam em traumas e em consequências físicas graves, como por exemplo, infecções, hemorragia e até mesmo na morte.

As práticas que são frequentemente realizadas por profissionais de saúde no momento do parto, são violentas tanto para mulher como para o bebê devido ao desgaste físico e emocional. Tais práticas ainda são poucos reconhecidas enquanto violentas, visto que o acesso de conhecimento acerca da violência obstétrica entre as gestantes é pequeno, além de que o momento do parto é marcado por uma situação de vulnerabilidade emocional que as fazem não questionar o que aconteceu.

“É fundamental que seus direitos sejam abordados durante o acompanhamento pré-natal, onde é possível serem instruídas a ter noção no que diz respeito as decisões em relação a seus corpos, possibilitando a argumentação e a denúncia de situações de desrespeito”, informou a presidente da Comissão de Apoio à Vítima de Violência, Alba Vilanova.

Ascom

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