País tem visto um aumento constante de infecções no último mês, com especialistas culpando reuniões de pessoas associadas a feriados e à vida noturna.
A Itália registrou 1.071 novas infecções por coronavírus nas últimas 24 horas, disse o Ministério da Saúde neste sábado (22). Essa é a primeira vez que o número ultrapassa 1.000 casos por dia desde maio, quando o governo flexibilizou suas rígidas medidas de lockdown, de acordo com a Reuters.
O país, um dos mais atingidos da Europa, conseguiu conter o surto após um pico de mortes e casos entre março e abril. No entanto, tem visto um aumento constante de infecções no último mês, com especialistas culpando reuniões de pessoas associadas a feriados e à vida noturna.
A última vez que a Itália registrou um número mais alto foi em 12 de maio, com 1.402 casos, seis dias antes de restaurantes, bares e lojas serem autorizados a reabrir após um lockdown de 10 semanas.
Até agora, o novo coronavírus matou mais de 800 mil pessoas e infectou quase 23 milhões em mais de 180 países, segundo balanço da universidade Johns Hopkins.
Dois anos
O diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, afirmou esperar que a pandemia do novo coronavírus chegue ao fim em menos de dois anos. Ele afirmou que a gripe de 1918, que ficou conhecida como gripe espanhola e matou 50 milhões de pessoas em todo o mundo, foi superada em dois anos. Ele acrescentou, no entanto, que os avanços atuais da tecnologia podem permitir que o mundo acabe com o vírus em “um tempo mais curto”.
Sem vacina e sem remédio
Até o momento, não existe um medicamento ou tratamento para a Covid-19. A OMS afirma que 169 pesquisas estão em desenvolvimento e ao menos 30 delas já foram registradas em fase clínica, que é a etapa de teste em humanos.
Por isso, a OMS recomenda o uso de máscara, o reforço na higiene das mãos e o distanciamento social como medidas para conter a expansão do vírus.
G1