Bancos ainda não reduziram os juros do cheque especial

Os juros do cheque especial, até mesmo na Caixa, são muito altos. Os levantamentos mensais do banco central apontam que o cheque especial é a segunda modalidade de crédito mais cara do país, com uma média superior a 307% de juros ao ano, atrás apenas do rotativo do cartão de crédito.

Esse número tão alto se deve à facilidade do crédito. Geralmente, quem tem conta corrente tem um limite de cheque especial automático. Para usar esse valor, não é preciso nem mesmo solicitar ao banco, basta retirar da conta mais do que foi colocado. Por exemplo, se seu salário é de R$ 3 mil e você, ao pagar as contas, precisou de R$ 4 mil, essa diferença de R$ 1 mil saiu do cheque especial. No mês seguinte, quando seu salário cair, será descontado os R$ 1 mil e os juros.

No caso da Caixa, após a redução, seria retirado R$ 1050 do salário de R$ 3 mil. O maior problema aqui é que você já está acostumado com o padrão de vida dos R$ 3 mil, portanto, provavelmente, vai precisar entrar de novo no cheque especial para conseguir pagar as contas.

Quando isso acontece, pela norma do Banco Central, seu banco tem o dever de entrar em contato e oferecer uma linha de crédito mais barata, ou seja, com juros mais baixos, e o parcelamento da dívida, o que compromete o orçamento por vários meses.

A aceitação da proposta não é obrigatória e é por isso que muitos brasileiros, na esperança de conseguir pagar logo a dívida, acabam não aceitando e, como vão continuar precisando entrar no cheque especial, o risco de ter o salário completamente engolido pelo banco em poucos meses é muito alto.

Especialistas orientam que ao precisar de crédito extra para pagar as contas, os consumidores busquem outras formas, como empréstimo com familiares, consignados ou até mesmo um crédito pessoal.

Para evitar terminantemente o risco de cair na armadilha do cheque especial, você pode, e deve, solicitar ao seu banco que bloqueie essa função.

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