PGR prorroga forças-tarefa da Lava Jato no Paraná e no Rio de Janeiro

Atividades no Paraná foram estendidas até outubro de 2021 e, no Rio, até o fim de janeiro. Forças-tarefa vão atuar em conjunto com Gaeco, especializado no combate ao crime organizado.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou nesta segunda-feira (7) ter prorrogado os trabalhos das forças-tarefa da Operação Lava Jato nos estados do Paraná e do Rio de Janeiro.

Pela decisão da PGR, as atividades dos procuradores do Paraná serão estendidas até outubro do ano que vem, e os procuradores do Rio tiveram a atuação prorrogada até o fim de janeiro.

Ainda conforme a decisão, a Lava Jato no Paraná terá que atuar em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), unidade de combate à corrupção criada há quatro meses. Com isso, 19 integrantes do MPF passam a cuidar dos mais de 400 casos em apuração.

Em relação ao Rio de Janeiro, a Procuradoria ainda trabalha para fazer com que a unidade do MPF passe a contar com uma unidade do Gaeco a fim de garantir a integração entre os grupos.

Na prática, os integrantes do Gaeco passam a atuar também nos casos da Lava Jato.

A atuação conjunta entre forças-tarefa e Gaeco faz parte de uma transição iniciada pela PGR. A ideia é que, a longo prazo, sejam criadas novas unidades de combate à corrupção no Ministério Público Federal, chamadas de novos ofícios, que a longo prazo passem a assumir o acervo da operação.

‘Corrigir rumos’

Em julho deste ano, causou repercussão a fala do procurador-geral da República, Augusto Aras, sobre “corrigir rumos” da Lava Jato.

Ao participar de um debate virtual, promovido por um grupo de advogados, Aras disse: “Agora é a hora de corrigir os rumos para que o lavajatismo não perdure. Mas a correção de rumos não significa redução do empenho no combate à corrupção. Contrariamente a isso, o que nós temos aqui na casa é o pensamento de buscar fortalecer a investigação científica e, acima de tudo, visando respeitar direitos e garantias fundamentais.”

Na ocasião, a força-tarefa da Lava Jato no Paraná disse que há “ataques genéricos e infundados às atividades de procuradores da República”, além de “tentativas de interferir no seu trabalho independente”.

G1

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