Brazil's Justice Minister Sergio Moro listens to a question during his testimony before a senate commission, in Brasilia, Brazil, Wednesday, June 19, 2019. Press reports have accused him of allegedly coordinating with prosecutors, improperly advising them in a case against former President Luiz Inácio Lula da Silva. Moro and prosecutors deny any wrongdoing, but the Brazilian Bar Association has called for the suspension of the minister and others pending an inquiry. (AP Photo/Eraldo Peres)

STF deve conceder vitória a Lula em julgamento da parcialidade de Moro

Sergio Moro será julgado a partir do fim de março pelo STF (Supremo Tribunal Federal), a respeito de sua condução nas investigações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Operação Lava Jato, porém ministros da Corte já dão como certa a derrota do ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, que será considerado parcial no julgamento do líder petista.

Na turma julgadora do STF que votará contra Moro, está o ministro Gilmar Mendes, um dos principais críticos do trabalho do ex-juiz na investigação do caso de corrupção em torno da Petrobras.

Além de Mendes, deverão votar a favor de Lula e contra Moro os ministros Ricardo Lewandowski e Kassio Nunes Marques, este último indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para ocupar uma vaga de ministro do STF.

Cármen Lúcia e Edson Fachin devem sair derrotados, segundo reportagem da revista Época. Gilmar Mendes não tem escondido a alegria com a derrota de Moro, seu principal desafeto nos últimos anos, e tem dito que a decisão deve abrir espaço para uma série de revisões criminais da Lava Jato.

Se Moro vier a ser considerado parcial pelo STF, a sentença de Lula no caso do triplex do Guarujá (SP) poderia ser anulada na mesma decisão. O petista foi condenado nessa acusação a 12 anos e um mês de prisão, na segunda instância.

A defesa do petista alega suspeição do ex-ministro da Justiça quando era juiz da Lava Jato em Curitiba em relação ao processo do triplex de Lula. Para a Justiça, o ex-presidente recebeu o apartamento da OAS como retribuição por contratos fechados entre a construtora e a Petrobras.

No pedido, a defesa acrescentou as mensagens obtidas pelo site Intercept, que mostram conversas de Moro com os procuradores da Operação Lava Jato, em que o ex-juiz indica testemunha que poderia colaborar para a apuração sobre o ex-presidente Lula, orienta a inclusão de prova contra um réu em denúncia que já havia sido oferecida pelo Ministério Público Federal, sugere alterar a ordem de fases da operação e antecipa uma decisão judicial.

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