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Começou nesta terça-feira, 31, a sexta edição do Programa Reeducar: O homem no enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a Mulher, desenvolvido pelo Ministério Público do Piauí, por meio do Núcleo das Promotorias de Justiça de Defesa da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar (Nupevid).
O Reeducar é executado desde 2016 e consiste na composição de grupos reflexivos com homens autores de violência doméstica e familiar contra mulheres. Ao longo de nove meses, com um encontro mensal, o grupo realiza discussões sobre assuntos ligados ao universo masculino e à violência contra a mulher, com apoio de facilitadores voluntários pertencentes à Rede de Atendimento. Até o momento, a iniciativa já contou com a participação de 71 reeducandos, tendo apenas um reincidente.
“Queremos que nossos reeducandos possam participar até o final e assimilar o que os facilitadores se propõem a oferecer, que é uma mudança de comportamento e um trabalho pelo fim da cultura machista. Esperamos que essas pessoas possam seguir sem se envolver em novos episódios de violência doméstica e familiar, quer seja com as ex-companheiras, quer seja com novas companheiras”, disse a coordenadora do Reeducar, a promotora de Justiça Amparo Paz.
A facilitadora desse primeiro encontro da edição foi a assistente social do MPPI Núbia de Caldas, que abordou o tema “O homem na atualidade: família, cultura e papéis sociais da mulher e do homem”. Durante a apresentação, os reeducandos participaram de uma dinâmica com o recorte de imagens de revistas, que representassem o papel do homem e da mulher na sociedade.
“Buscamos discutir hoje sobre esses papéis na sociedade contemporânea. O que a gente percebe é que, com o tempo, mudanças vieram. Por isso, é necessário que se aprenda a respeitar essas mudanças e entender que a violência é produto do machismo, construído pela sociedade, e que, portanto, pode ser desconstruído”, pontuou Núbia.
Foram entregues exemplares da cartilha “Papo de Homem – Unidos na Prevenção da Violência Doméstica e na Promoção da Convivência Pacífica”. São parceiros do Programa a Defensoria Pública do Estado do Piauí (DPE-PI), a Secretaria de Justiça do Piauí (SEJUS-PI), o Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) e a Secretaria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres de Teresina (SMPM).
Foto: Ascom MPPI
Divulgação
Fonte: MPPI
