Remédio contra a covid? OMS espera resultados de medicamento que poderia tratar a doença

A Organização Mundial da Saúde afirmou nesta terça-feira (12) que espera os resultados dos estudos clínicos de um remédio que poderia tratar a covid-19. O medicamento foi desenvolvido pela farmacêutica Merck, conhecida no Brasil como MSD.

O porta-voz da instituição, Christian Lindmeier, acredita que pode ser um progresso no tratamento da doença. “Ainda esperamos ver os dados completos. Se for comprovado, então é outra arma na luta contra a pandemia da covid-19”, declarou em entrevista coletiva, em Genebra.

A Merck entrou com um pedido de uso emergencial do remédio molnupiravir na FDA, agência regulatória dos Estados Unidos. A ideia é que o medicamento seja usado em adultos que contraíram a covid-19 de forma leve a moderada.

Caso o remédio seja aprovado, seria a primeira droga em comprimido para tratar a doença. Até o momento, os outros medicamentos aprovados pela FDA eram por meio de injeção intravenosa. A expectativa é de que a avaliação demore algumas semanas.

Em 1º de outubro, a farmacêutica Merck anunciou que o medicamento foi capaz de reduzir hospitalizações e mortes de pessoas que estavam no início da infecção pelo coronavírus. Agora, cabe ao FDA analisar os dados e verificar informações sobre a segurança e a eficácia do molnupiravir antes de decidir que o remédio pode, ou não, ser utilizado.

O diferencial do medicamento é a facilidade de ingestão. Os remédios aprovados até agora pela FDA são caros, difíceis de produzir e devem ser aplicados por profissionais de saúde, já que precisam de equipamentos especializados.

Coquetel da AstraZeneca

A AstraZeneca informou nesta segunda-feira (11) que o coquetel de drogas experimentais desenvolvido por ela mostrou-se eficaz na redução de casos graves e mortes causadas pela covid-19 em pacientes não hospitalizados.

O medicamento, chamado de AZD7442, reduziu em 50% o risco de desenvolvimento da doença de forma grave ou de morte pelo vírus. Foi o que apontou o estudo realizado pela própria AstraZeneca, que monitorou aproximadamente 900 pacientes.

O coquetel é injetável e recomendado para pessoas que, por algum motivo, não desenvolveram resposta imune suficiente com a vacina.

“Uma intervenção precoce pode dar uma redução significativa na progressão para doença grave, com proteção contínua por mais de seis meses”, explicou o vice-presidente executivo da AstraZeneca, Mene Pangalos.

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