MP cobra esclarecimentos ao HC após denúncia sobre vacinas

A secretaria de Doria, órgão pediu respostas sobre o caso, medidas contra possíveis desvios e critérios da distribuição das doses

O Ministério Público de São Paulo enviou ofício à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, nesta sexta-feira (22), para solicitar esclarecimentos a respeito de denúncias sobre a aplicação da vacina CoronaVac em profissionais que não atuam na linha de frente contra a covid-19 no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

As denúncias apontam que o hospital estaria beneficiando alunos da pós-graduação, mestrado e doutorado com doses de vacina somente pelo vínculo com a unidade hospitalar, mesmo sem terem tido contato direto com o combate ao vírus.

O documento, assinado pela promotora Dora Martin Strilicherk, faz três requerimentos à pasta do governo de João Doria, que deverá responder aos questionamentos em até cinco dias:

– justificar o ocorrido no local, comprovando que as pessoas vacinadas e as próximas estejam de fato na linha de frente do combate ao vírus;

– explicitar as medidas que adotará para que os critérios não sejam burlados em próximas distribuição do imunizante no HC e demais hospitais paulistas e que medidas adotará diante do caso relatado pelos denunciantes;

– esclarecer, diante do cenário de doses disponíveis: que critérios foram usados na distribuição das doses entre municípios e serviços de saúde paulistas; quais grupos, dentro daqueles que fazem parte do grupo de risco, serão priorizados diante da escassez de doses e de que forma as unidades de saúde e a população estão sendo informados acerca desse novo panorama; como a Secretária está controlando a observância desses critérios e evitando a adoção de critérios que permitam arbitrariedades por parte dos aplicadores das vacinas.

A promotoria aponta os fatos relatos na denúncia como preocupantes, exigindo resposta imediata por parte do poder público. Strilicherk destaca, ainda, que embora o Hospital das Clínicas possua importância e excelência entre seus profissionais, em sua avaliação, a unidade deve “se sujeitar a todas as regras e critérios definidos para a vacinação no Estado de São Paulo, sem privilégios ou discrepâncias em relação aos parâmetros estabelecidos aos demais”.

R7

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