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Setor de serviços cresce pelo 9º mês e retoma patamar pré-pandemia

Avanço de 3,7% de fevereiro faz segmento se recuperar das perdas registradas de março e maio de 2020, mostra IBGE

O setor de serviços cresceu 3,7% na passagem de janeiro para fevereiro e superou, pela primeira vez, o patamar em que se encontrava antes da pandemia do novo coronavírus, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (15) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Com o nono mês consecutivo de taxas positivas da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços), o segmento acumula alta de 24% no período e se recupera da perda de 18,6% anotada nos meses de março e maio de 2020.

Apesar da recuperação, o setor se mantêm 2% abaixo do apurado com igual mês do ano passado. Trata-se da 12ª taxa negativa seguida na base de comparação. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o segmento manteve a trajetória de queda iniciada em janeiro de 2020 e apontou o resultado negativo mais intenso da série histórica, iniciada em dezembro de 2012 (-8,6%).

No acumulado dos dois primeiros meses de 2021, o setor de serviços sofre uma retração de 3,5% frente ao mesmo período de 2020, com taxas negativas em quatro das cinco atividades que compõem o indicador. Entre os setores, a principal influência negativa aparece nos serviços prestados às famílias (-28,1%).

Atividades

O resultado positivo de fevereiro foi conquistado com a ajuda de quatro das cinco das atividades do setor, com destaque para transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (+4,4%), que acumulou ganho de 8,7% no ano, superando em 2,8% o nível de fevereiro de 2020.

Já os serviços prestados às famílias (+8,8%), que incluem segmentos como restaurantes e hotéis, tiveram a maior alta do mês, mas isso se deve ao fato de a base de comparação estar muito baixa, conforme explica Rodrigo Lobo, gerente responsável pela pesquisa.

“Sendo uma das atividades mais afetadas pelas restrições impostas por estados e municípios para enfrentamento da pandemia, serviços prestados às famílias tiveram perdas significativas entre março e maio e ainda oscilam muito, conforme as medidas de isolamento social são relaxadas ou enrijecidas”, observa Lobo.

Os serviços profissionais, administrativos e complementares (+3,3%) e os serviços prestados às famílias (+8,8%) encurtaram o distanciamento frente ao período pré-pandemia, com perdas de 2% e -23,7%, respetivamente. Outros serviços (+4,7%) e informação e comunicação (+0,1%) se encontram 1% e 2,6% acima do nível de fevereiro de 2020.

R7

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