Saúde reduz intervalo. Devo antecipar 3ª dose da vacina contra Covid?

A entrada da variante Ômicron do novo coronavírus no Brasil incentivou o Ministério da Saúde a anunciar, no sábado (18/12), a redução do intervalo para aplicação da dose de reforço das vacinas contra Covid-19. Com a decisão, todos os brasileiros com 18 anos ou mais poderão tomar a dose extra quatro meses após a segunda injeção. As informações são do Metrópoles.

Nas redes sociais, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu que a antecipação do reforço é fundamental para frear o avanço de novas variantes e reduzir hospitalizações e óbitos, em especial nos grupos de risco.

A decisão, entretanto, gerou algumas dúvidas entre as pessoas sobre a real necessidade de antecipar a terceira dose e a efetividade das vacinas aplicadas num intervalo mais curto.

Especialistas em saúde pública afirmam que, diferentemente do esquema primário de vacinação, em que o intervalo mínimo entre as duas doses deveria ser rigorosamente respeitado para garantir a formação adequada da resposta imunológica, a antecipação do reforço é positiva no atual cenário da pandemia.

Estudos científicos anteriores à Ômicron indicavam que o tempo ideal para a aplicação do reforço deveria ser de cinco a seis meses. No entanto, a variante colocou o mundo em uma nova corrida contra o tempo.

Ensaios feitos em laboratório e com dados reais, realizados em universidades conceituadas e pelas principais empresas farmacêuticas desenvolvedoras de vacinas, mostram que a imunização primária não é suficiente para garantir a proteção adequada contra a nova versão do coronavírus.

Por outro lado, o reforço aumenta significativamente o nível de anticorpos neutralizantes capazes de combater a doença. “Com a terceira dose, há um aumento significativo da quantidade de anticorpos produzidos contra a Covid. Isso significa que o reforço é realmente necessário”, afirma a infectologista Ana Helena Germoglio.
O tempo entre as doses pode ser baseado na circulação viral e no maior risco de infecções e hospitalizações em uma localidade. O reforço também pode ser usado como uma estratégia para garantir que mais pessoas estejam protegidas nos próximos meses, no período entre o Natal e o Carnaval, quando naturalmente ocorre maior circulação de pessoas.

Reforço para imunossuprimidos
Junto à decisão de antecipar a dose extra para a população geral, o Ministério da Saúde anunciou que as pessoas imunossuprimidas poderão também receber uma quarta dose no intervalo mínimo de quatro meses.

A medida foi tomada considerando a “tendência de redução da efetividade das vacinas contra a Covid-19 com o passar do tempo”.

Fonte: Metrópoles

Veja Também

Mais 154 municípios vão receber vacinas contra a dengue

Informou nesta quinta-feira o Ministério da Saúde O Ministério da Saúde divulgou, nesta quinta-feira (28), …