Os produtos em promoção ganharam participação no total de vendas do varejo alimentar ao longo de 2017, mesmo em um cenário de gradual retomada do consumo. Em algumas categorias, como a de cervejas e fraldas descartáveis, os itens com desconto responderam por mais de 40% do volume de unidades vendidas.
“Em todos os formatos as reduções momentâneas de preços (promoções) aumentaram de um ano para o outro”, afirma a consultora de varejo da Nielsen, Ana Szasz. A afirmação da especialista se baseia em um estudo da consultoria, divulgado na convenção anual da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), que avaliou a evolução da participação dos descontos no volume de vendas de quatro canais (supermercados, hipermercados, vizinhança e farmácias).
Segundo o levantamento, todos os formatos apresentaram crescimento da importância das promoções em 2017, frente ao ano anterior, mas de forma mais intensa nos hipermercados e nas lojas de vizinhança.
No caso dos hipermercados, por exemplo, de tudo que foi consumido no ano passado quase metade (41,4%) foi gasto em itens que estavam em promoção. Em 2016, a fatia era de 35,1%.
O aumento da relevância dos produtos com desconto se deu pelas duas pontas: de um lado houve crescimento da demanda do consumidor, que seguiu em busca de preços baixos, e do outro uma expansão da oferta de promoções por parte dos varejistas. A ideia dos supermercados era atrair o público e aumentar as vendas, em um momento em que o consumo começava a dar sinais de melhora.
Aparentemente a estratégia deu certo. O estudo da Nielsen mostra que em 72,1% das categorias analisadas, a redução de preços ajudou a alavancar as vendas.
Fonte: Portal New Trade