Procon-SP quer implementar novo limite no PIX, mas Banco Central nega

O Banco Central se reuniu, nesta terça-feira, 5, com o Procon-SP e a Polícia Civil para debater formas de tornar o PIX mais seguro. O encontro aconteceu um dia após a implementação das novas regras para uso do sistema de pagamentos instantâneo.

A expectativa do Procon era de estabelecer um limite de R$ 1 mil mensais para transferências, já que acredita que as medidas aprovadas não sejam suficientes e possam causar um “efeito contrário” – principalmente no que diz respeito a sequestros relâmpagos.

“A limitação de transferência das 20h às 6h da manhã pode gerar um efeito contrário, que já ocorreu com bancos 24 horas, ou seja, a vítima permanecer em poder dos sequestradores durante toda a noite até o amanhecer. Ela é abordada de madrugada e fica em poder do sequestrador mais 3 ou 4 horas”, explicou Fernando Capez, diretor do Procon-SP, à Jovem Pan.

No entanto, as entidades não chegaram a um consenso durante a reunião, especialmente porque o Banco Central alegou que restringir o limite de pagamento afetaria significantemente a quantidade de transações realizadas e prejudicaria milhares de brasileiros.

Um novo encontro será marcado com grupos de especialistas de forma que as propostas sejam analisadas. Para Capez, o principal neste momento é focar nos pontos de consenso, mas sem abrir mão de melhorias futuras. “A gente compreende que demos conciliar o direito do consumidor, o direito da polícia proteger as vítimas da criminalidade e essa nova política de inclusão através do Pix”.

Novas regras do PIX

Nesta segunda-feira, 4, entrou em vigor a regra que estabelece um limite de R$ 1 mil para transferências realizadas entre 20h e 6h.Além disso, caso o cliente deseje alterar o limite de R$ 1 mil, haverá um prazo mínimo de 24 horas e máximo de 48 horas para a mudança ser aprovada.

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