Oposição manifesta solidariedade a Barroso e diz que decisão é do Congresso

A nota é uma resposta aos ataques do presidente e do ministro da Defesa, Braga Netto, às urnas eletrônicas, e às ameaças feitas por Bolsonaro de que não haverá eleições caso o voto impresso não seja retomado no País

Líderes de partidos de oposição na Câmara assinaram moção de solidariedade ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luis Roberto Barroso, que tem sido alvo de ataques do presidente Jair Bolsonaro na defesa da urna eletrônica. A nota é uma resposta aos ataques do presidente e do ministro da Defesa, Braga Netto, às urnas eletrônicas, e às ameaças feitas por Bolsonaro de que não haverá eleições caso o voto impresso não seja retomado no País.

Molon disse ter ficado surpreso com o fato de que não houve reação pública às ameaças de Bolsonaro a Barroso por parte do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). “Esta Casa deveria ter dito: haverá eleições, sim. E, se serão com voto impresso ou não, será decidido por esta Casa. Ontem (terça, 3) o Congresso faltou, o Congresso deveria ter dito isso ontem através de seus presidentes da Câmara e do Senado. Não o fizeram”, disse Molon.

“Esta Casa não pode se omitir em um momento grave como este na nossa história. Esta Casa não pode se calar. A reação não pode ser apenas do Poder Judiciário. É o Poder Legislativo tem que dizer: nós defenderemos a democracia, e não essa omissão que infelizmente estamos testemunhando indignados”, acrescentou. “Nós não aceitaremos intimidações e ameaças. Senhor presidente da República, haverá eleições, queira o senhor ou não queira. E se serão com voto impresso ou não é esta Casa que decidirá. E pare de intimidar o Poder Judiciário e o Poder Legislativo. Não aceitaremos as suas ameaças. O senhor não imporá o regime autoritário que quer ver no Brasil, nem pelo golpe que o senhor trama dia e noite, ininterruptamente contra a democracia brasileira. Não passarão. A democracia brasileira vencerá.”

No documento, os líderes reafirmam que a decisão sobre o voto impresso é do Congresso. “Não será o presidente da República, ameaçando esta Casa ou o Poder Judiciário que vai dizer se o voto será impresso ou não e nós não aceitaremos ameaças. E é esta resposta que nós, líderes partidários, esperávamos da presidência da Câmara desse ao presidente da República”, diz o documento.

“Repudiamos, portanto, as ameaças de Jair Bolsonaro e suas tentativas de deslegitimação do processo eleitoral. É imprescindível que continuemos lutando pela democracia e pelos direitos que foram consolidados na Constituição de 1988, seguindo as regras do jogo e sem conivência com condutas antidemocráticas.”

Fonte: Noticias ao Minuto

 

 

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