Caçada a Lázaro tem blitze, câmera termal e especialistas em cerrado

Cerca de 270 agentes de segurança fazem buscas, pelo 12º dia, em Cocalzinho de Goiás (GO); polícia também investiga redes sociais

Quase 300 agentes de segurança entraram, neste domingo (20), no 12º dia de buscas em Cocalzinho de Goiás (GO) por Lázaro Barbosa, suspeito de uma série de assassinatos em Goiás e no Distrito Federal. O rapaz de 32 anos supostamente se esconde numa área de mata há quase duas semanas e desafia as autoridades locais, que tentam capturá-lo com operações diárias.

Além dos 270 agentes públicos, o cerco a Lázaro inclui o uso de um drone da PF (Polícia Federal) com uma câmera termal, capaz de detectar diferenças de temperatura, cães farejadores especialmente treinados, além de blitze nos veículos que circulam pela região e até policiais especialmente treinados em ambiente de catinga e cerrado.

Em todas as saídas das estradas locais, a qualquer condição de suspeita, os policiais param os automóveis para averiguar a possibilidade do homem de 32 anos se esconder nos porta-malas dos veículos, como informa a Record TV.

As autoridades locais sabem que Lázaro viveu como mateiro e criador de animais durante muito tempo. Portanto, ele tem conhecimento do terreno e do clima e, segundo as investigações, é um assassino frio e calculista.

Investigação digital

Além da cruzada para capturar o fugitivo, a polícia civil de Goiás também abriu uma investigação nas redes sociais para identificar os autores de perfis que fazem apologia ao criminoso. “A delegacia estadual de crimes cibernéticos instaurou investigação para apurar a autoria e propriedade dos perfis em redes sociais que realizam apologia, ou seja, exaltação à imagem e à prática dos crimes por Lázaro Barbosa”, explicou a delegada titular da Dercc (Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos), Sabrina Leles.

“Essa ação deve ser repreendida para que essas práticas criminosas não tenham uma conotação de exaltar a imagem e os crimes tão bárbaros cometidos por esse criminoso. […] As chamadas fake news, baseadas em inverdades, sejam no todo ou em partes, podem ser caracterizadas como crimes, previstos no Código Penal. […] Esses crimes […] trazem grande prejuízo à apuração policial, já que a polícia empreende diligências com base em notícias mentirosas”, disse.

Participam da caçada a Lázaro homens das polícias militar e civil de Goiás e do Distrito Federal, PF (Polícia Federal), PRF (Polícia Rodoviária Federal) e DPOE/DF (Diretoria Penitenciária de Operações Especiais).

A força-tarefa com cerca de 250 policiais que atual no distrito de Girassol, área rural de Cocalzinho de Goiás (GO), ganhou o reforço de três cães farejadores no último sábado (19).

Com informações de R7

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