A equipe aumentou e por conta da intensa demanda, houve a necessidade de segmentar as áreas de atuação. Departamentos foram criados e hoje o escritório do advogado Norberto Campelo cada vez mais se assemelha a lojas em atuação no mercado, em termos de descentralização e gestão. O detalhe é que atuam no setor de serviços.
Para entender essa mudança, é preciso perceber que houve uma observação às tendências. “Saímos de um modelo em que antigamente o advogado trabalhava individualmente para um novo tipo de advocacia em equipe. E logo no final dos anos 90, nós percebendo essa perspectiva, já começamos a trabalhar nesse sentido, de agregar novos nomes, novas inteligências, novas forças de trabalho ao grupo”, informou o advogado Norberto Campelo.
São anos de mercado, um nome forte e uma marca que se consolidou graças a um trabalho árduo e com poucas alterações no grupo de trabalho profissional. “A equipe hoje é sólida, já perdura há bastante tempo sem alteração, e essa é uma grande preocupação, de você tentar manter uma equipe por muito tempo. A rotatividade acaba sendo prejudicial ao funcionamento de qualquer organização, então a gente procurou ao longo desses anos, traçar essa linha de atuação”, detalhou.
No geral, são mais de dez advogados atuando em diferentes áreas do Direito. “Antigamente tínhamos verdadeiros clínicos gerais. Os advogados atuavam em todas as áreas, tínhamos a obrigação de sabermos um pouco de tudo, éramos um tanto generalistas. Com a modernização da advocacia e a ampliação da complexidade das relações sociais e dos problemas da sociedade, houve também essa exigência de que os escritórios criassem departamentos. Então você acaba tendo uma equipe multidisciplinar, com vários advogados e cada um se especializando mais em determinado seguimento da advocacia”, revelou.
Para o futuro, Norberto Campelo acredita que o maior desafio é o advogado se manter atualizado. “Os meios de comunicação se modernizaram muito. Isso facilita. Quando eu comecei minha carreira, a gente tinha uma dificuldade grande para ter acesso as decisões de Tribunais Superiores, as revistas demoraram para chegar, eram caras. Hoje um Tribunal toma uma decisão, você assiste ao vivo o que está sendo discutido, o que facilita a compreensão. Se você não tem como assistir ao vivo, você pode rever nos canais de internet o que aconteceu. Tem também os jornais eletrônicos especializados que você recebe todos os dias, com o resumo do dia no país”, exclamou.
Por Ricardo Moura Fé