Cashback: como funcionam os programas que devolvem dinheiro gasto em compras

Recentemente a Apple lançou um cartão de crédito em parceria com o Goldman Sachs sem anuidade que chamou atenção por apostar no cashback como programa de recompensa – apelidando-o de Daily Cash.
O Brasil não foi agraciado, ainda, com a chegada deste produto em específico. Mas o cashback já é uma realidade por aqui com outros produtos e serviços.

O que é cashback

A premissa do cashback (ou, literalmente, dinheiro de volta) é devolver ao consumidor uma parte do valor gasto na compra de produtos. Trata-se de uma modalidade de recompensa já bastante comum nos EUA, mas que ganhou espaço no Brasil na última década.

No caso do lançamento da Apple, todas as compras realizadas via Apple Pay retornam 2% do valor gasto. Se forem compras diretamente nos canais de vendas da própria Apple, esse valor sobe para 3%; e compras com o cartão físico do Apple Card devolvem 1%.

O cashback não é sinônimo de desconto. A diferença dessa recompensa para os programas tradicionais de milhagens é que o benefício aparece em bônus ou em dinheiro na conta corrente do cliente – não em pontuação. Esse dinheiro também não tem data de expiração, diferentemente das milhas.

Quem tem cashback no Brasil

Em 2011, a mineira Méliuz começou a popularizar a modalidade de cashback no Brasil. Trata-se de um modelo em que as lojas pagam para anunciar seus produtos e serviços no app do Méliuz, e a startup, por sua vez, devolve parte desse dinheiro quando um cliente faz uma compra. Ao acumular um valor mínimo de R$ 20, o usuário pode transferir o cashback para sua conta corrente.

Há outros sites no Brasil que, como o Méliuz, focam apenas em oferecer visibilidade a marcas e cashback aos clientes. Entre eles, o Beblue e o Poup.

Mas os bancos e financeiras também vêm apostando no sucesso dessa modalidade, da mesma forma que a Apple.

Um dos primeiros cartões de crédito a trazer o cashback nacionalmente foi o da startup Trigg. Neste caso, a porcentagem devolvida depende da fatura mensal. Gastando até R$ 5.000, o cliente recebe 1% de cashback. A partir disso, sobe para 1,30%. É um formato parecido com o do banco Original, que retorna entre 0,15% e 1,5% dos gastos.

Recentemente, o banco digital Next, do Bradesco, anunciou uma parceria com a Getmore que oferece até 25% do valor gasto em determinadas compras. A própria Méliuz acaba de lançar um cartão de crédito em parceria com o Banco Pan.

Fora do universo do crédito o cashback também dá as caras. fintech Picpay, que trabalha com transferência de valores, também retorna ao consumidor parte do valor transacionado. A carteira digital Ame, da B2W, também tem cashback apenas para lojas parceiras.

E o Nubank?

Como o programa de recompensas do Nubank é diferente das milhas tradicionais e também não tem data de expiração, confunde-se o Rewards com o cashback. Existem, porém, algumas diferenças primordiais.

Os clientes Nubank que pagam para participar do programa Rewards têm suas compras convertidas em pontos que podem ser utilizados para “apagar” valores de determinadas parceiras que constem na fatura.

Cada real gasto com o cartão de crédito roxinho corresponde a um ponto no Rewards, e não a um valor monetário. Na hora de utilizar esse benefício, obviamente, um ponto não vale um real. Neste aspecto, o programa é mais parecido com as milhas tradicionais do que com o cashback.

Infomoney

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