Bons investimentos para jovens universitários

Algumas dicas são interessantes. Veja:

Tesouro Direto

A dívida pública brasileira se divide em quatro segmentos: dívida externa, bancária, operações compromissadas e a dívida mobiliária.

A dívida mobiliária é negociada diretamente pelo governo com pessoas físicas, na forma de títulos emitidos pelo Tesouro Nacional. É como se cada cidadão pudesse assumir uma parte dos débitos do governo, sendo remunerados por isso através de taxas que variam diariamente.

Como vantagem, o Tesouro Direto garante o rendimento contratado. Por outro lado, sobre seus rendimentos incidem impostos, além das taxas de custódia cobradas pelos bancos de investimentos.

Outra vantagem é que é possível começar com somas muito baixas. Com apenas R$ 30,00 já dá para comprar uma fração.

Certificado de Depósito Bancário (CDB)

Assim como o Tesouro Direto, existem diversas modalidades de CDB em que o universitário pode fazer seu dinheiro render. Cada uma apresenta diferentes taxas de rentabilidade, com incidência de impostos variável.

Trata-se de uma opção de baixo risco, no mesmo grau da poupança, mas com rendimentos maiores, que em alguns casos chega ao dobro. Há várias modalidade de CDB, com a maior parte apresentando rendimentos diários. Tal como no Tesouro Direto, é prevista cobrança de impostos, com alíquotas que variam conforme o prazo contratado. Por isso, na hora de aplicar, é importante observar não só a taxa de rendimento anual, mas o quanto de imposto incide sobre o investimento.

Previdência Privada

Com as modificações nos critérios para fazer jus a um salário na aposentadoria, tornou-se quase uma exigência investir em Previdência Privada. Nesse caso, quanto mais cedo começar, melhor, uma vez que para garantir uma renda mensal, podem ser necessários 20 anos ou mais de aplicações sem interrupção.

O valor aplicado pode ser resgatado antes, com rendimentos previstos em tabela específica. No entanto, há duas modalidades disponíveis, o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).

Quem faz declaração de imposto de renda como isento deve aderir ao VGBL, já que os impostos só são cobrados se o valor for resgatado. Portanto, é a modalidade mais indicada para universitários.

Consórcio

No caso do consórcio, os valores pagos mensalmente são destinados à aquisição de bens. Normalmente, esse tipo de investimento é orientado para compra de imóveis e veículos, mas há também linhas para eletrodomésticos e eletrônicos, entre outras possibilidades.

A principal vantagem é que, se comparado com os financiamentos tradicionais, o consórcio não cobra juros, mas taxas que são aplicadas de acordo com o valor consorciado. Temos quatro tipos:

  • fundo comum;
  • taxa de administração;
  • fundo de reserva;
  • seguro (opcional).

Mesmo considerando as taxas cobradas, o consórcio é mais vantajoso para quem quer adquirir um bem. Embora a aquisição seja feita apenas ao quitar todas as parcelas, é possível ser contemplado por sorteio, em forma de carta de crédito, que poderá até mesmo não ser usada, se o jovem investidor preferir.

Letras de Crédito

A modalidade conhecida como Letras de Crédito, que pode ser Imobiliário (LCI) ou do Agronegócio (LCA), tem um prazo mínimo para resgate. Isso significa que, se no contrato estiverem previstos pelo menos 60 dias para resgatar o valor aplicado, antes disso não será possível contar com esse dinheiro.

No caso do LCI, como o nome já sugere, trata-se de um investimento feito no mercado imobiliário. Portanto, se esse mercado estiver em alta, os ganhos são maiores, e se as vendas estiverem em baixa, naturalmente o rendimento é menor.

Já a LCA é baseado nos valores emprestados para produtores rurais de todos os portes. É, de certa forma, similar ao LCI, com a diferença de que o “termômetro” não é o mercado em si, mas o quanto de dinheiro está sendo movimentado na forma de empréstimos.

É possível investir nas Letras de Crédito com valores relativamente baixos. Existem modalidades que permitem começar com apenas R$ 500,00, dependendo da instituição financeira.

Caderneta de Poupança

Investimento popular, a Caderneta de Poupança permite aplicar qualquer valor, sem um limite mínimo. Trata-se de uma modalidade livre de impostos, a não ser que o valor depositado seja superior a R$ 50 mil, em que se paga 22,5% de imposto sobre o rendimento líquido.

Para jovens universitários, é a maneira mais segura, rápida e prática para começar a aplicar o dinheiro. Tem rendimentos garantidos, ou seja, todo mês, na data em que o valor foi aplicado, serão acrescidos juros sobre o total depositado. Assim, a poupança pode ser classificada como um investimento sem riscos.

Por outro lado, como não está exposta a variações, seus rendimentos são mais baixos, não raramente até menores que a inflação. Isso significa que, depois de um certo período, o dinheiro aplicado nessa modalidade pode perder valor em vez de render juros.

Há dois anos, em 2016, a poupança rendeu apenas 1,6% a mais que a inflação acumulada ao longo do ano. Em compensação, em 2017, ano em que a inflação ficou em 2,95%, a poupança registrou seu melhor rendimento em todos os tempos, alcançando o percentual de 6,93% acima da inflação.

Além das modalidades de investimentos citadas, há ainda a possibilidade de aplicar no mercado de ações ou mesmo na abertura de um negócio próprio. Contudo, ao considerar os riscos mais altos, para quem não tem muitas reservas, essas não são formas seguras de obter retorno ou para garantir estabilidade financeira no futuro.

Em se tratando de investimentos para universitários, prefira os que apresentam riscos mais baixos. Assim, seu dinheiro não se perde, e com o tempo o rendimento se torna líquido e certo.

Fonte: Universia

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