Barroso defende sistema eleitoral e cita ‘recessão democrática’

Presidente do TSE, o ministro questionou declarações do presidente Bolsonaro sobre insegurança do processo eleitoral

Ao abrir a sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desta quinta-feira (9), o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, declarou que o mundo vive um processo de “recessão democrática” e que teme que isso afete o Brasil. “É nesse clube que nós não queremos que o Brasil faça parte.”

“Vivemos um momento de subversão democrática, que se deu por líderes políticos eleitos pelo voto popular, e que, em seguida, medida por medida, foram destruindo os pilares que sustentam a democracia e pavimentando o caminho para o autoritarismo”, declarou.

Barroso afirmou que o sistema eleitoral brasileiro é seguro e foi atestado por “inúmeros observadores internacionais”. “Nossas urnas são totalmente seguras. [Os dados] Não entram em rede e não são acessíveis remotamente. Podem fazer ataques aos sistema, ao site do TSE, mas nada disso é capaz de comprometer o sistema eleitoral. O código-fonte [das urnas] é aberto aos partidos, à Justiça Eleitoral e à OAB, um ano anos das eleições.”

Para o presidente do TSE, o populismo, o extremismo e o autoritarismo são aspectos que contribuem para aumentar o risco à democracia. “Quando o fracasso bate à porte, o destino é o populismo. O populismo vive de arrumar inimigos para justificar seu fiasco. As estratégias mais comuns são usar as mídias sociais para comunicação”, declarou.

O ministro tem sido atacado constantemente pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), especialmente no debate sobre o voto impresso.

R7

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