Conley disse que o presidente não está respirando com a ajuda de aparelhos, mas se recusou a responder se Trump precisou do auxílio em algum momento.
Outro médico, Sean Dooley, afirmou que o presidente está com bom humor.
No entanto, a agência Reuters ouviu de uma pessoa que acompanha o tratamento que alguns dos sinais vitais nas últimas 24 horas foram muito preocupantes e que os próximos dois dias serão críticos. O presidente não estaria ainda em uma via de recuperação clara, de acordo com essa fonte.
Uma das falas de Conley durante a coletiva pode ser interpretada como uma indicação de que o diagnóstico já era conhecido na quarta-feira (1), e não na noite de quinta-feira (2), quando foi revelado em uma rede social pelo próprio presidente.
Ao descrever como tem sido a evolução da doença, Conley afirmou que “Trump teve diagnóstico há apenas 72 horas”. Se isso for preciso, já se sabia da infecção na metade da quarta-feira.
Os repórteres pediram para que ele esclarecesse, o que Conley não fez. Ele afirmou que o teste foi feito novamente na quinta-feira e que as indicações clínicas eram um pouco mais preocupantes.
Próximos dias no hospital
A internação hospitalar Trump deverá durar alguns dias. Na sexta-feira (2), ele revelou que havia testado positivo para Covid-19. No fim do dia, foi levado de helicóptero ao Centro Médico Militar Walter Reed, perto da capital Washington –segundo a Casa Branca, foi uma medida de precaução.
Ele vai trabalhar em uma suíte especial no hospital nos próximos dias, disse a secretária de imprensa da presidência, Kayleigh McEnany.
Durante a madrugada deste sábado (3), o presidente publicou um texto em uma rede social no qual afirmou “indo bem, eu acho”, e agradeceu o apoio.
Trump tem características que o tornam mais vulnerável a sintomas graves da Covid-19: ele tem 74 anos, sobrepeso e não há relatos que descrevem sua dieta como saudável ou que ele se exercite.
A primeira-dama, Melania, de 50 anos, não foi hospitalizada.
Trump recebeu um tratamento em fase experimental produzido pela farmacêutica Regeneron. Ainda em testes em humanos, os cientistas usam os linfócitos B (células que produzem os anticorpos) de pacientes que já tiveram a doença.
Além disso, os médicos receitaram uma droga intravenosa antiviral. Ele também tomou outras substâncias, como vitamina D, analgésicos e medicamento para gastrite.
G1