Advogada é flagrada passando serra para detento

Uma advogada está sendo investigada pela Polícia Civil de Minas Gerais, delegacia de Governador Valadares, por supostamente ter passado uma serra, tipo segueta, que é usada para serrar ferro, a um detento do presídio de Valadares. O caso aconteceu na última sexta-feira (12). A situação é acompanhada também pela 43ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GV).

Segundo o registro policial, a profissional foi flagrada por um agente tentando passar o objeto pelas grades das baias do parlatório a um detento que é seu cliente.

O policial penal em questão realizou uma revista estrutural no ambiente e não detectou nenhuma alteração ao assumir seu plantão. No momento em que a advogada foi atender seus clientes no parlatório, notou uma atitude suspeita. A profissional estava debruçada sobre a bancada da última baia do parlatório, mexendo em um objeto e o empurrando entre as frestas da tela que separa os advogados dos detentos.

O agente também relatou que, no momento em que abordou a advogada e questionou o que ela estava tentando entregar ao detento, ela não soube o que dizer. Ele então recolheu o objeto e verificou que se tratava de uma segueta.

A advogada então alegou que a serra estava envolvida em fita crepe e que não sabia o que era o objeto. A direção do presídio comunicou o fato à OAB-GV, que designou um advogado para acompanhar a ocorrência.

A profissional ficou sob custódia dos policiais penais da unidade, na sala da OAB. Pouco depois, ela pediu às policiais penais permissão para ir ao banheiro. As duas agentes, antes de permitir, foram até lá e fizeram uma revista rigorosa no ambiente e não encontraram nada.

Sem encontrar nada, autorizaram que a advogada fosse ao banheiro. Quando ela retornou, as policiais fizeram uma nova revista no local e encontraram dois celulares smartphones da marca Samsung, escondidos em um desentupidor de água.

Mais cedo, quando chegou à unidade prisional, a advogada passou pelo detector de metais na porta de entrada, que emitiu um sinal sonoro. Ela alegou que teria no ombro direito três pinos de platina devido a uma cirurgia, mostrando a cicatriz para a polícia penal. Chegou até a levantar sua blusa até a linha do umbigo para mostrar que não estaria com nada debaixo da blusa.

A advogada foi encaminhada à Delegacia de Polícia Civil, ouvida e liberada. O caso está sob investigação.

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