Brasil já tem mais de 120 dias com escolas fechadas. Especialistas alertam que o afastamento traz perdas como a falta de socialização dos estudantes, mas isso não pode se sobrepor a medidas para evitar mortes por Covid.
“Fico preocupada: será o momento de voltar?”, diz Marjori Ritter Von Jelita, mãe de uma menina de 4 e outra de 14 anos em Curitiba. “Tenho receio de expor minhas filhas. E depois tem os avós, tem a sociedade como um todo. Eu não fico à vontade de mandá-las.” No momento em que se discute o retorno às aulas presenciais, surgem diversos dilemas acerca da segurança de todos e também sobre como o aprendizado das crianças tem sido impactado pela situação presente.
Luciany Fernandes, de Manaus, foi obrigada a antecipar a decisão. A capital do Amazonas foi a primeira a reabrir as escolas particulares em todo o país, em 6 de julho. Luciany precisou mandar o filho de 3 anos para a escolinha porque também voltou a trabalhar presencialmente, como gerente administrativa.
“Resolvi que ele ia realmente voltar porque a gente não sabe quando tudo isso vai passar, se vai ter vacina este ano ou no próximo, e ele não podia ficar ficar trancado tanto tempo dentro de casa, já tinha dado mais de 100 dias”, conta ela.
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