MPF e DPU cobram melhorias no serviço de cirurgias cardíacas no Piauí

O Ministério Público Federal (MPF) no Piauí e a Defensoria Pública da União (DPU) no Piauí ajuizaram ação civil pública, com pedido de liminar, contra a União; o estado do Piauí; o município de Teresina; a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH); o secretário estadual de Saúde do Piauí, Florentino Alves Veras Neto; o presidente da Fundação Municipal de Saúde, Charles Carvalho Camilo da Silveira e o superintendente do Hospital Universitário (HU/UFPI), José Miguel Luz Parente.

A ação, de autoria do procurador da República Kelston Pinheiro Lages e do defensor público da União Edilberto Alves da Silva, tem como base o Inquérito Civil 1.27.000.001247/2018-37, instaurado com o objetivo de apurar a precariedade no serviço de cardiologia, especificamente cirurgias cardiológicas, no estado do Piauí, pela carência assistencial do serviço, uma vez que somente o Hospital São Paulo (da rede particular) e o Hospital Universitário (da rede pública) realizam cirurgias cardíacas e seriam os dois únicos hospitais a cobrir toda a demanda do estado, já que o Hospital Getúlio Vargas não realiza nenhum procedimento de intervenção cirúrgica.

O procurador da República Kelston Lages e o defensor público da União Edilberto Alves levaram em consideração dois aspectos no que se refere ao tema: a precariedade do serviço de cardiologia e cirurgias cardíacas em adultos e a do serviço de cirurgias cardíacas em recém-nascidos diagnosticados com cardiopatia congênita no estado do Piauí, comprovadas no bojo do referido inquérito (provas documentais e testemunhais).

De acordo com informações da Fundação Municipal de Saúde, Teresina tem cinco serviços que realizavam cirurgias cardíacas: Hospital São Marcos, Hospital Santa Maria, Casa Mater, Hospital São Paulo, Hospital Universitário – HU. No entanto, foi constatado que os hospitais São Marcos, Santa Maria e Casa Mater suspenderam atendimentos pelo SUS, restando apenas o Hospital São Paulo e o Hospital Universitário, mas com baixa produtividade.

Segundo informações obtidas em 2014, o Estado realizava 140 cirurgias cardíacas por mês, porém, hoje, são realizadas somente 30 cirurgias pelo HU e São Paulo juntos. Com isso, alguns pacientes morrem em casa sem atendimento.

Fonte: Ascom

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