Moraes pede vista e suspende julgamento de decretos de armas

Ministro pediu para analisar o processo em julgamento no plenário virtual, que tem placar de 2×0 a favor da suspensão de trechos

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) pediu vista e suspendeu nesta sexta-feira (16) o julgamento sobre a validade de quatro decretos do presidente Jair Bolsonaro que flexibilizam a compra de armas no país.

As regras entraram em vigor de forma parcial na terça-feira (13), já que na segunda (12), a ministra Rosa Weber suspendeu parte dos decretos, atendendo a um pedido formulado pelo PSB. A análise foi submetida ao plenário, que julga se referenda ou derruba a decisão.

O julgamento acontece no plenário virtual, sistema pelo qual os ministros cadastram o voto sem estarem reunidos. O ministro Edson Fachin já havia informado que acompanha o voto de Rosa Weber, levando o placar para 2×0 pela suspenção de parte dos decretos. Com o pedido de vista, o julgamento que acabaria até o dia 26 de abril agora pode se prolongar.

Weber suspendeu trechos como o que prevê a possibilidade de aquisição de até seis armas de fogo por civis e oito por agentes estatais, a previsão de um porte nacional e a possibilidade de portar duas armas simultaneamente.

A ministra afirmou que os decretos fragilizam o Estatuto do Desarmamento, em vigor desde 2003. Na decisão, a ministra cita conclusões da CPI das Organizações Criminosas do Tráfico de Armas, como que mostra que a maioria das armas de fogo utilizadas no crime foi desviada de pessoas que as adquiriram legalmente. “Mais de 55% das armas apreendidas possuíam registro anterior antes de serem furtadas, roubadas ou revendidas ilicitamente pelos antigos proprietários. Esse dado desmistifica a crença popular de que delinquentes somente praticam crimes com armamentos ilícitos.”

R7

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