Líder de banca demite dois advogados pró-Trump e, por protestarem, seus três sócios

O advogado Wesley Scott, presidente da banca Kain & Scott, de St. Clould, Minnesota (EUA), demitiu dois advogados empregados do escritório, por postarem mensagens na mídia social a favor do ex-presidente Donald Trump e da polícia.

Os três sócios de Scott protestaram, em uma reunião agitada, contra a demissão dos empregados. Os sócios acabaram demitidos também.

Os ex-sócios, William Kain (com nome na marca da banca), Margaret Henehan e Kelsey Quarber, moveram uma ação trabalhista contra Scott, em que alegam demissão ilícita. Segundo eles, foi uma retaliação porque disseram a Scott, na reunião, que a demissão de empregados por suas convicções políticas violava a legislação de Minnesota.

Segundo a ação, Scott estava irritado com Trump e seus seguidores, desde a invasão do Congresso, em 6 de janeiro, para impedir a certificação da eleição do Colégio Eleitoral, vencida pelo presidente Joe Biden. Em um e-mail distribuído a todos da banca, ele teria escrito que “esses traidores deveriam ser mortos”.

Ao saber das postagens pró-Trump, Scott ordenou à administradora do escritório que demitisse os dois funcionários, porque eles eram racistas, como demonstram suas postagens pró-Trump. Como ela se recusou a fazê-lo, ele a demitiu também.

Scott deve ter ficado particularmente irritado com Kelsey Quarberg. De acordo com a ação, ele teria telefonado para a polícia, pedindo para vir retirá-la do escritório. Ela estaria cometendo o crime de violação de propriedade e o teria ameaçado de agressão física.

Ele mandou desligar os telefones usados pelos ex-sócios e fechar suas contas de e-mail. E para que não entrassem mais no escritório, ele mandou trocar as fechaduras das portas.

Aos demais advogados e empregados da banca, ele enviou um e-mail dizendo que seus ex-sócios estavam violando “tudo o que nos é precioso” e que “não ia deixar isso acontecer”, segundo o StarTribune, o The Hill e o Jornal da ABA (American Bar Association).

Em uma teleconferência com pessoal da banca, ele acusou os três sócios de planejar um golpe contra ele, diz a ação. E declarou que eles foram “demitidos por insubordinação”.

Mas há outro conflito à vista: a sociedade ficou em um limbo. Os três ex-sócios demitidos detêm 50% da banca e Scott a outra metade. Eles estão reclamando pagamentos e benefícios atrasados, bem como uma ordem judicial para dissolver a banca e lhes pagar a participação acionária a que têm direito.

A Kain & Scott tem escritórios em St. Cloud e mais em oito cidades de Minnesota. Em seu website, o escritório se declara “a maior e mais amigável banca de falência de Minnesota”.

Conjur

 

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