quinta-feira , março 28 2024

Bolsonaro quebra hierarquia para tentar autogolpe, avaliam partidos e ministros do STF

Partidos de oposição ministros do STF avaliaram que a crise militar provocada por Jair Bolsonaro foi uma tentativa de provocar anarquia militar e tentar, mais à frente, um autogolpe

Partidos de oposição ministros do Supremo Tribunal Federal avaliaram que a crise militar provocada por Jair Bolsonaro com a demissão do general Fernando Azevedo e Silva do Ministério da Defesa foi uma tentativa de provocar anarquia militar e tentar, mais à frente, um autogolpe. A informação foi publicada pela coluna de Mônica Bergamo.

“O presidente está jogando no quanto pior, melhor”, disse o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que participa das discussões sobre o quadro geral da crise. “Ele tenta levar o país para o caos para, a partir dele, tentar dar um golpe de estado. Desestabiliza as PMs, joga na crise social”, acrescentou.

Um autogolpe dificilmente seria colocado em prática, porque Bolsonaro não tem apoio de empresários, da mídia tradicional, do conjunto das Forças Armadas nem apoio internacional.

De acordo com um texto distribuído a parlamentares de oposição, é necessário cautela na avaliação sobre o que ocorre nas Forças Armadas. “Toda a lambança de Bolsonaro é porque ele não tem os comandos em mãos. E nós [oposição] não podemos jogá-los no colo dele”, afirma a mensagem.

Já o vice-presidente, general Hamilton Mourão, disse não haver risco de ruptura institucional no Brasil.

Demissões

O general Fernando Azevedo e Silva foi demitido do ministério da Defesa. O militar saiu por não apoiar o Estado de Sítio desejado por Bolsonaro, de acordo com o jornalista Ricardo Kotscho.

O agora ex-membro do governo disse a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que as Forças Armadas não irão se inclinar a eventuais medidas autoritárias do governo.

O novo ministro da Defesa, Walter Braga Netto, demitiu nesta terça-feira (30) os três comandantes das Forças Armadas, Edson Leal Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antônio Carlos Bermudez (Aeronáutica).

Pujol foi afastado após não se manifestar sobre a decisão judicial que anulou as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início do mês.

 

Fonte: Brasil 247

 

 

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