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A meta é escutar mais a população

Nascido em Picos, João Rodrigues Filho, atual coordenador de comunicação do Governo do Estado, tem ampla experiência administrativa. Ocupou cargos de gestão financeira na Prefeitura de Picos, foi secretário de Administração do Governo do Estado, foi, também, secretário executivo de Comunicação na Prefeitura de Teresina e, ainda, presidente da Fundação Municipal de Saúde de Teresina. Atualmente, cuidando da comunicação do Estado, ele nos fala dos desafios do cargo e como desenvolve seu trabalho.

Portal Direito Hoje – Já são 2 anos e 7 meses em frente a Coordenadoria de Comunicação do Estado. Qual balanço faz do trabalho até o momento?

João Rodrigues  – Até esse momento é o que nós planejamos desde o início, era encontrar meios para que nós tivéssemos acesso a todos os canais de comunicação para utilizá-los com inteligência. Ou seja, através de pesquisa nós estudamos onde estava o maior consumo de mídia por região, por cidade, e assim nós fizemos. As parcerias com as rádios do interior, as parcerias com jornais, portais nos dão essa possibilidade de fazer com que tenhamos as ações do governo bem divulgadas em todo os recantos do nosso Estado. Ainda temos algumas deficiências em relação à isso, porque em determinados locais há consumo de televisão mas em canais fechados, para isso nós encontramos outros meios, é claro que há um consumidor específico que são as mídias sociais. Hoje nosso trabalho com o Facebook, Twitter, Instagram, está caminhando muito forte para que nós encontremos uma posição ideal nesse campo que a cada momento toma espaço, tem mais adesão.

Para tudo isso nós temos análises, além do conteúdo da informação a gente tem análise da forma que as pessoas recebem essa informação. Nós temos gráficos que nos dizem, por exemplo, a quantidade de matérias que produzimos via institucional, e a quantidade de matérias que são produzidas de forma espontânea, no contexto positivo do governo e também aquelas que trazem alguma crítica à gestão. Essa somatória toda, essa equação, nos dá uma boa visão para que nós possamos formar nossa política de comunicação dentro dos padrões de respeito à população, de esclarecimento à população para que nós possamos tornar o governo o mais transparente possível e cumprir nossa obrigação constitucional que é a de levar ao povo do Piauí as ações que o nosso governo está produzindo e que estão modificando a vida das pessoas.

PDH – Ainda há muito com o que melhorar? Qual o maior desafio a ser enfrentado?

JR – Escutar mais ainda população. Ter essa interação de uma forma ainda mais rápida, mais construtiva, mais dinâmica. Esse é o nosso grande objetivo. Porque nós construímos e construiremos o governo na medida em que o anseio da população, eu falo de um modo geral, seja atendido. Trabalhar a ideia de que cada gestor tenha a noção de que suas ações devem ser norteadas pela aprovação ou reprovação da população é a excelência do nosso trabalho.

PDH – A imagem que o Piauí tem hoje é um fator que contribui para a atração da iniciativa privada?

JR– Sim. Quando você leva para os investidores um ambiente favorável com certeza eles virão aqui fazer os seus investimentos, trazer o seu dinheiro. Nós estamos vendo as empresas eólicas, as empresas de energia solar, tem empresas no setor da aquicultura, tem empresas na região sul, da Terra Cal que vai produzir uma quantidade imensa de cana para produção de energia, e através do bagaço da cana de açúcar será produzido adubo. A parte do comércio também é muito importante porque geograficamente estamos em uma região que nos propicia ser um centro de distribuição para outros estados.

O Piauí tem ganhado destaque regional e nacional. Se analisarmos os nossos percentuais nos últimos anos, em alguns setores alcançamos crescimento que superou proporções chinesas, isso tudo gerado por uma política de planejamento aplicada lá em 2003 e agora novamente tomando o mesmo caminho. O nosso grande desafio é elevar todo esse potencial para o público externo – nacional e internacional – para que eles enxerguem essa potencialidade.

 

PDH – Econômicamente, essas empresas estão auxiliando na economia local?

JR – Sim. Se olharmos em termos práticos, os números do Piauí e analisarmos com os números do Brasil. O mesmo se olharmos os números do Piauí e compararmos com os números da nossa região nordeste. Com certeza esses investimentos trazem a ação e reação, ação do estado, ação produtiva socialmente, pelo campo empresarial, que resulta numa reação produtiva economicamente. O governo é uma grande empresa, e essa empresa quando é mal gerida ela traz problemas, quando ela tem uma boa gestão ela traz soluções e é isso que o governo tem dado nesse sentido.

 

PDH – Como está o trabalho de transmitir, de forma transparente, as ações do atual governo?

JR – Na medida em que nós nos expomos, em que levamos informações, na medida em que nós construímos uma relação republicana com os meios de comunicação a gente constrói essa comunicação verdadeira. Nós não temos em nenhum momento, em nenhuma situação, posicionamento de blindar a posição, de fazer com que um meio de comunicação A, B ou C deixe de produzir conteúdo negativo. Não. O que nós queremos é fazer com que o governo tenha as condições para passar as informações do que estamos fazendo, ou seja, do contratempo, mesmo que seja para justificar para a população o porquê daquela demanda não ter sido respondida ainda. A dinâmica do governo é exatamente essa. Se nós não conseguimos fazer tudo é porque as demandas são imensas e os recursos são limitados, e precisamos construir um estado eficiente para que os resultado das nossas ações não demorem tanto.

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