Ômicron: sinalização de efetividade de vacinas deve sair em 15 dias

Anvisa analisa resultados preliminares de eficácia contra Ômicron e busca resposta rápida sobre necessidade ou não de reformulações

As vacinas aplicadas no Brasil contra a Covid-19 são, neste momento, eficazes contra a variante Ômicron, mas a resposta mais detalhada ao questionamento de eficácia contra a nova cepa deve ser publicada em cerca de 15 dias. A informação é da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Ao R7, Meiruze Freitas, diretora da agência, ressalta que ainda é cedo para conclusões precisas sobre como as vacinas autorizadas no país atuam no combate à Ômicron e que resultados de análises preliminares recebidas na última quarta-feira (8) vão dar a primeira sinalização da necessidade ou não de reformulações dos imunizantes.

“Até o momento, as vacinas permanecem sendo eficazes, em especial contra casos graves, internações e mortes. Mas ainda vamos acompanhar os resultados apresentados ontem, e essa sinalização de efetividade contra a Ômicron deve sair em 15 dias”, diz a diretora. De acordo com ela, há uma possibilidade de que seja necessário readequar os produtos vacinais, mas isso seria feito de forma rápida.

“Há, sim, pela característica inicial da Ômicron de ter um grande número de mutações, possibilidade de as vacinas serem reformuladas. Mas os desenvolvedores desses imunizantes, desde o início do surgimento da variante, afirmaram que estão aptos a fazer isso de forma célere, em torno de três meses”, detalha a diretora.

As fabricantes de vacinas que estão sendo aplicadas no Brasil enviaram ofícios à Gerência-Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa informando dados iniciais sobre a imunização contra a Ômicron.

Essas informações serão analisadas e, posteriormente, vão seguir sendo acompanhadas para respostas precisas e atualizadas. Meiruze Freitas é enfática ao dizer que o momento é de cautela, não de desespero e que essa nova preocupação na pandemia não aconteceria em um cenário de vacinação ampla e global.

“A gente verifica que a maioria dos casos de recrudescimento em certas localidades e países está relacionada ao grupo de não vacinados. O mundo ainda não tem uma distribuição igualitária de vacinas e, naqueles países com acesso aos imunizantes, ainda há uma população que não se vacinou. Isso proporciona o aparecimento de novas variantes”, ressalta.

Para superar esse momento de novo alerta da pandemia, a diretora da Anvisa pede a confiança nas vacinas já amplamente testadas e aprovadas no Brasil, junto ao trabalho ainda necessário de cumprimento de medidas não farmacológicas, como o uso de máscara, a higienização das mãos e o distanciamento. No lado governamental, monitoramentos, estudos e vigilância genômica — que amplia o sequenciamento das amostras para verificar qual a variante em domínio — são essenciais.

 

 

 

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