O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), derrubou nesta quarta-feira, 19, o sigilo da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A decisão foi tomada horas depois da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro e mais 33 pessoas que participaram da trama golpista.
O documento embasou as investigações e a denúncia da PGR contra Bolsonaro, que apontou o ex-presidente como o líder da organização que cogitou um golpe de Estado. O processo segue para a Primeira Turma do STF, que deve decidir se torna o ex-presidente réu, ou não, por pelo menos três crimes.
O acordo de Cid foi firmado com a Polícia Federal e homologado por Alexandre de Moraes em setembro de 2023. Na época, o ex-ajudante de ordens tentava livrar as investigações contra seu pai, Mauro Lourena Cid, além de sua esposa, apontados como suspeitos nos inquéritos que investigam a venda de jóias árabes e a falsificação de cartões de vacinas.