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Governo de SP vai pedir liberação da CoronaVac para Anvisa se vacina atingir pelo menos 50% de eficácia em análise preliminar

adm
Last updated: 25/09/2020 3:47 PM
adm Published 25/09/2020
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sino 25
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Eficácia de 50% não é o objetivo final da vacina, mas apenas o valor mínimo a ser obtido em uma análise interina que deve ocorrer até novembro. Na quarta-feira (23), governo de SP destacou que 94% de 50 mil pessoas vacinadas emergencialmente na China não tiveram efeitos colaterais graves.

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, anunciou nesta sexta-feira (25) que o governo de São Paulo vai pedir para a Anvisa a liberação de uso emergencial da CoronaVac caso a vacina demonstre eficácia de pelo menos 50% em análise preliminar. A vacina, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o instituto, já está em testes entre profissionais de saúde brasileiros. Até agora, mais de 5 mil voluntários já participaram; a meta é envolver 13 mil pessoas na pesquisa.

A eficácia de 50% não é, necessariamente, o objetivo final da vacina, mas um valor mínimo a ser obtido em uma análise interina que deve ocorrer até novembro. Essa análise compara quantos voluntários tiveram coronavírus entre aqueles que tomaram a vacina e aqueles que tomaram placebo.

O estudo de fase 3 divide os voluntários em dois grupos iguais: metade dos participantes toma a vacina e a outra metade, um placebo. Os participantes não sabem a qual grupo pertencem. Para que a análise interina da CoronaVac seja feita, é necessário que pelo menos 61 casos de Covid-19 ocorram entre os 13 mil voluntários, sejam eles membros do grupo que tomou vacina ou do chamado grupo de controle.

“Então, se nessas 13 mil pessoas que vão ser vacinadas, que estão em processo de vacinação, o que acontecerá até o dia 15 de outubro, se nessas 13 mil nós tivermos 61 casos de Covid-19, nós podemos fazer a análise interina, ou seja, a primeira análise da eficácia da vacina. É uma análise mais rigorosa e, se passar nessa primeira análise, nós podemos prosseguir com o registro”, explicou Dimas Covas.

 

O estudo deve ter ainda uma segunda análise, chamada de análise primária, que é feita quando o número de casos confirmados de Covid-19 entre os 13 mil voluntários chega a 154 casos.

“Caso ainda persista alguma dúvida nós vamos para a análise primária que é quando nós atingimos 154 casos e aí seguramente o objetivo é demonstrar uma eficácia de no mínimo 50%. Com esses dados, com essa eficácia demonstrada, seja com 61 ou com 164, os dados são oferecidos a Anvisa que vai analisar todo o dossiê”, explicou Dimas Covas.

A escolha de profissionais de saúde para os testes no Brasil pode acelerar a execução das análises preliminares, já que o grupo é naturalmente mais exposto ao coronavírus e, por isso, demora menos tempo até que os casos confirmados comecem a aparecer entre os voluntário

A meta de eficácia de uma vacina para a análise preliminar faz parte do protocolo de cada imunização. Os protocolos de vacinas contra a Covid-19 em desenvolvimento, que costumam ser secretos, foram divulgados pelas empresas americanas Moderna e Pfizer e também pela britânica AstraZeneca.

A chinesa Sinovac não publicou todo o protocolo, mas algumas informações foram reveladas pelo diretor do Butantan, Dimas Covas, em coletivas de imprensa.

Na segunda-feira (21) a cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Soumya Swaminathan, afirmou que uma vacina contra a Covid-19 com 50% de eficácia seria capaz de ajudar a conter a pandemia. No entanto, a cientista alertou que “uma vacina com menos de 30% talvez não seja muito eficaz”. “Não alcançaremos o nível de imunidade pretendido”, explicou.

Meta de eficácia

Doutora em microbiologia pela USP e divulgadora científica, Natália Pasternak está acompanhando de perto o desenvolvimento das principais vacinas contra Covid-19 no mundo.

A especialista avalia que é possível começar a utilizar a CoronaVac antes do fim da fase 3 do estudo da Sinovac, que está previsto para outubro de 2021, desde que os resultados da análise preliminar sejam “robustos”.

“Em relação a começar a vacinar antes do fim do estudo de fase 3, a Sinovac vai fazer uma análise parcial de eficácia da vacina em novembro e esse uso depende disso. As pessoas que estão no estudo vão ser acompanhadas até o final de outubro de 2021 de qualquer maneira”, explica.

“O que pode acontecer é que na análise parcial de novembro, se os resultados forem muito robustos, se a vacina tiver uma eficácia muito alta, você quebra o estudo, vacina todo o grupo placebo, e daí pode pedir a liberação emergencial da vacina. Com uma boa análise interina você pode pedir liberação pra uso na Anvisa”, completa.

Governador de SP, João Doria mostra vacina Coronavac contra a Covid-19 durante coletiva de imprensa em 9 de setembro — Foto: Reprodução/Youtube Governo de SP
Governador de SP, João Doria mostra vacina Coronavac contra a Covid-19 durante coletiva de imprensa em 9 de setembro — Foto: Reprodução/Youtube Governo de SP

A médica e vice-presidente do Instituto Sabin de Vacinas, Denise Garrett, explica que o estudo da fase 3 que está sendo conduzido no Brasil é essencial para comprovar a eficácia da CoronaVac contra o vírus.

“Como a gente vê eficácia? Na fase 3 são dois grupos: grupo da vacina e o placebo. Ninguém sabe quem está recebendo o quê, os pesquisadores não sabem, nem a pessoa que está participando sabe. Aí essas pessoas, umas que receberam a vacina, outras que não, elas são vacinadas e existe um tempo que a gente tem que esperar para dar a chance delas viverem a vida normal delas e serem, ou não, infectadas”, explica Garrett.

A escolha de profissionais de saúde para os testes no Brasil pode facilitar esta fase, já que o grupo é considerado naturalmente mais exposto ao coronavírus e, por isso, pode demorar menos tempo até que os casos confirmados comecem a aparecer entre os voluntários.

“Quando a gente fala de eficácia a gente tá falando de proteção. A vacina impediu as pessoas de ficarem doentes? Quantas pessoas ficaram protegidas? Nesse sentido não dá pra apressar a fase 3 porque a gente precisa de tempo pra observar os eventos, que são as pessoas ficando doentes. O que você pode fazer pra apressar é aumentar o número de pessoas”, explica Pasternak.

 

Garrett, do Instituto Sabin de Vacinas, concorda que a fase 3 deve ser feita com cautela e ter seu tempo respeitado.

“É uma fase que não dá para pegar atalho, porque mesmo que você atinja o número total de participantes que você precisa, não é ali que acaba, eu preciso dar um tempo para essas pessoas viverem a vida normal e se infectarem, ou não, porque o meu indicador é este”, explica.

“É preciso ver quantas pessoas ficaram doentes no grupo da vacina, comparado com quantas pessoas ficaram doentes no grupo do placebo. Se eu noto que a maioria dos casos foi no grupo placebo e quase não teve gente doente no grupo vacina, aí eu faço os cálculos e analiso os dados e falo que a vacina realmente protege”, afirma Garrett.

Aplicação de vacina chinesa Coronavac em voluntário em SP — Foto: Divulgação/Governo de SP
Aplicação de vacina chinesa Coronavac em voluntário em SP — Foto: Divulgação/Governo de SP

A microbiologista Natália Pasternak esclarece que, caso não sejam verificados casos confirmados de Covid-19 entre os voluntários, seja entre os que receberam placebo ou entre os que foram vacinados, é possível aumentar o número de participantes do estudo – o que o Instituto Butantan já anunciou que deve fazer.

“Se eu esperei 3, 4 meses e ninguém ficou doente, eu preciso esperar mais ou chamar mais gente. Eu preciso ter um número determinado de pessoas que ficaram doentes para comparar os dois grupos, de placebo e de vacina, e ver em qual ocorreu mais [casos confirmados de Covid-19]”, completa.

Efeitos colaterais

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que 94,7% dos mais de 50 mil pessoas que tomaram a vacina na China não apresentaram efeito adverso à Coronavac, imunização contra o coronavírus desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. O dado foi divulgado em entrevista coletiva nesta quarta-feira (23).

Apesar da divulgação, segundo o Instituto Butantan, os dados ainda não foram publicados em revistas científicas. Para especialistas, a falta de divulgação dos detalhes levados em consideração para os resultados dificulta qualquer análise dos números por outros cientistas.

“Não existe um estudo publicado em uma revista científica mostrando os dados e isso já é a primeira observação que eu faço porque, em dados de ensaios clínicos de vacina, é praxe serem publicados os dados até mesmo para que os outros cientistas possam avaliar, possam dar feedback e a gente possa ter a transparência de que existe uma segurança”, disse Denise Garrett, epidemiologista e vice-presidente do Sabin Institute.

Para especialistas, os dados relacionados à segurança da vacina são interessantes e até positivos, mas já era esperado que os efeitos colaterais fossem baixos. Os estudiosos ressaltam que os principais dados que devem ser acompanhados são os que se referem à eficácia da imunização, a qual só pode ser medida na fase 3.

“Se os resultados são baixos, por exemplo, 5,3%, isso já foi visto na fase 2, que as reações adversas foram pequenas no estudo. Uma vacina de vírus inativada não se espera reações graves, nem muita reação, isso é esperado. A questão que de fato vai precisar aguardar o resultado e a divulgação científica é a eficácia, porque o resultado é o que é mais importante. O efeito adverso, lógico que é importante, mas a eficácia, quem realmente se protegeu, o grupo que tomou comparado com o placebo, isso é que é o mais importante”, afirma Ana Freitas, sanitarista e epidemiologista do Hospital Emílio Ribas.

“Os dados apresentados na coletiva, não são uma grande novidade, nem um dado cientifico, é apenas uma boa notícia de que, até agora, não foram encontrados efeitos colaterais graves. A gente esperava isso. Não muda nada a nossa vida, em termos de eficácia, que é o que a gente ainda não sabe. É bom saber que ela é segura, uma informação importante, mas não muda absolutamente nada no cronograma”, avalia a doutora em microbiologia pela USP, Natália Pasternak.

Enfermeira Simone Garcia aplica primeira dose da CoronaVac em Ribeirão Preto (SP) — Foto: Reprodução / Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto
Enfermeira Simone Garcia aplica primeira dose da CoronaVac em Ribeirão Preto (SP) — Foto: Reprodução / Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto

A pesquisa que testou a segurança da imunização foi feita em 50.027 pessoas que tomaram a vacina de forma emergencial na China. O uso emergencial de uma vacina costuma ser decidido por um comitê que analisa os dados além dos pesquisadores.

“Existe um comitê externo que olha os dados, que analisa os dados com uma certa frequência, os pesquisadores não podem porque eles são cegos, mas tem esse comitê term que olhar os dados de eficácia e de segurança da vacina. Ele é totalmente independente, não são pessoas ligadas com a companhia farmacêutica, nem com o desenvolvimento da vacina e não são políticos”, disse Denise Garretto.

De acordo com os dados divulgados pela gestão estadual na quarta (23), só foram percebidos efeitos adversos de grau baixo em 5,36% dos participantes. As reações mais frequentes foram dores leves no local da aplicação (3,08%), fadiga (1,53%) e febre moderada (0,21%). Os números foram divulgados em coletiva de imprensa.

Dados preliminares de eficácia na China

Em estudo preliminar na China, com 24 mil voluntários, sendo 421 com mais de 60 anos, o governador João Doria disse que a resposta imunológica dos idosos submetidos aos testes da vacina ficou entre 98% e 99%. Na quarta-feira (23), o governador voltou a citar estudo, baseado nas fases de testes 1 e 2 na China.

“Além de segura a CoronaVac está se mostrando altamente eficiente. Na China, demostraram que a CoronaVac apresentou 98% de eficiência na imunização das pessoas que foram lá testadas”, disse Doria.

No entanto, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, reforçou que a eficácia da vacina só poderá ser comprovada após a conclusão da fase 3, que está sendo realizada aqui no Brasil.

“Além de afirmarmos que não houve efeitos adversos graves, nós ainda não temos os dados disponíveis em relação a eficácia. A eficácia será incluída uma vez que terminada a inclusão dos 9 mil voluntários com duas doses vacinais. A partir do dia 15 de outubro poderemos ter o aparecimento dos dados de eficácia que permitirá o registro da vacina na Anvisa. A Sinovac iniciou também um estudo de fase 3 na Turquia e isso vai corroborar o processo de registro dessa vacina no mundo”, afirmou.

Doria (PSDB) também afirmou na quarta-feira (23) que a previsão é a de que a vacinação comece na segunda quinzena de dezembro em médicos e paramédicos.

“Deveremos por óbvio aguardar a finalização desta terceira e última fase de testagem, os seus resultados e a aprovação da Anvisa. Mas já em dezembro, na segunda quinzena, poderemos iniciar a imunização de acordo com os critérios de vacinação adotados pela Secretaria da Saúde e dentro do protocolo também do Ministério da Saúde. E os primeiros que receberam a vacina, obviamente, serão médicos e paramédicos”, disse Doria.

Promessa de vacina para São Paulo

Doria voltou afirmar nesta quarta-feira que a vacinação da população deve ir até fevereiro de 2021 e que as doses do acordo com o laboratório chinês serão suficientes para imunizar toda a população de São Paulo.

“Até 31 de dezembro teremos 46 milhões de doses da vacina Coronavac, e até 28 de fevereiro 60 milhões de doses desta vacina, o que é suficiente para a imunização de todos os brasileiros de São Paulo. Já fizemos negociações com o Ministério da Saúde para que pudessem comprar mais 40 milhões de doses desta mesma vacina para permitir a vacinação de brasileiros de outros estados. E esperamos também que com o sucesso da vacina de Oxford e de outras vacinas o governo federal possa vacinar a totalidade dos brasileiros no menor tempo possível”, disse.

Na segunda-feira (21), o governador já havia prometido que toda a população do estado vai receber a vacina contra a Covid-19 até fevereiro de 2021.

“Aos brasileiros de São Paulo, sim, garanto que teremos a vacina, a CoronaVac, para atender a totalidade da população de São Paulo, já ao final deste ano e ao longo dos dois primeiros meses de 2021, e vamos imunizá-los”, disse Doria nesta segunda.

O governador não explicou como será feita a distribuição das vacinas. O secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn, afirmou no último dia 10 que o cronograma dos testes está sendo respeitado e a expectativa é a de que os resultados sejam enviados para a Anvisa no final de outubro. Com isso, ainda de acordo com ele, a vacina será incluída no calendário de vacinação nacional no início de janeiro.

Em julho, o governador havia dito que a vacina seria distribuída pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para milhões de brasileiros, não apenas em São Paulo.

“Nessas circunstâncias nós já poderemos iniciar a produção da vacina em dezembro e imediatamente na sequência iniciar a vacinação, com o SUS, de milhões de brasileiros, não apenas em São Paulo como também em outros estados”, declarou Doria na época.

Ao apresentar o projeto desta vacina para o Ministério da Saúde, em agosto, Dimas Covas, diretor do Butantan, também declarou que “a vacina é para brasileiros, não é para paulistas”.

O acordo com o laboratório chinês prevê o envio de doses prontas da CoronaVac, fabricadas na China, além da transferência de tecnologia para que o Butantan possa fabricá-las em território nacional no futuro. Neste domingo, Doria disse, pelas redes sociais, que o total de doses será de 46 milhões apenas em 2020.

O estado de São Paulo tem cerca de 44 milhões de habitantes, segundo o IBGE. Os testes da CoronaVac em voluntários, no entanto, são feitos com duas doses da vacina por pessoa.

G1

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