Autoritarismo e fundamentalismo são ‘nefastos’, diz Toffoli

O presidente do Supremo Tribunal Federal afirmou que não há qualquer solução para o País que não seja dentro da democracia.

 

Um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro participar de uma manifestação que pedia o fechamento do Congresso e uma intervenção militar no País, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta segunda, 20, que o autoritarismo e os fundamentalismo são ‘nefastos’. Ao participar de uma videoconferência com representantes de seis entidades, Toffoli afirmou que não há qualquer solução para o País que não seja dentro da democracia.

Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli 
10/12/2019
REUTERS/Adriano Machado

Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli 10/12/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Em sua fala, Toffoli frisou ‘quão nefasto é o autoritarismo, o quão nefasto são os fundamentalismos, o quão nefasto é o ataque às instituições e à democracia’. O evento foi organizado em parceria com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Comissão Arns, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), a Academia Brasileira de Ciências e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

A fala de Toffoli foi feita pouco antes de a Procuradoria-Geral da República (PGR) informar que solicitou a abertura de um inquérito para apurar “fatos em tese delituosos envolvendo a organização de atos contra o regime da democracia participativa brasileira”. Segundo o Estado apurou, Bolsonaro não é alvo do inquérito pois até o momento não há indício de participação dele na organização dos atos. Um integrante da Cúpula da PGR informou à reportagem que o inquérito “não tem alvo”, e sim “investigação para apurar autorias”.

 

Terra

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